Feira de Artes Tradicionais em Bragança

Tive a oportunidade de conseguir participar na última edição de Verão da Feira de Artes Tradicionais ( que ocorreu todos os últimos sábados do mês, pela primeira vez neste ano de 2007, desde a Feira do Livro,em Maio) ao ar livre na Rua Alexandre Herculano em Bragança. Eu tinha quase acabado de chegar do Funchal, onde fui operada um mês antes, colocando-me uma Prótese Total da Anca e estando agora ainda em recuperação - que está a correr muito bem aliás, pois esta minha recuperação engloba outros handicaps que já tinha de tantos anos de más posturas.
Então ,desde o dia em que me increvi como artesã na Casa das Artes (mostrada na imagem) até ao dia da Feira,dia 29 de Setembro, lá fui fazendo e criando umas coisinhas mais porque eu não tinha cá em Bragança o meu material de pintura sobre seda e alguma produção que já tinha feito para a Feira Mercarte, no Funchal. Entretanto um amigo meu, no Funchal, atencioso, colaborador e porreiro, lá me enviou a meu pedido (ainda bem que lhe tinha cedido uma chave extra) os lenços, as encharpes , as almofadas e as gravatas de seda que já tinha pintado e estavam em stock.
Para colmatar a pouca produção em pintura sobre seda e a falta de peças a expôr mas também a minha pouca mobilidade (e enquanto não comprava mais material para pintar) fui-me aventurando na realização de artesanato com outros materiais: reciclei embalagens de garrafas de wisky, usei a técnica do guardanapo e experimentei pela primeira vez a tão conhecida e já badalada Massa Acrílica ou de Modelar FIMO. Adorei esta última experiência! Fiquei fã! É um material viciante!

O dia aproximava-se. Os dias corriam amenos e solarengos, um Verão pouco quente que se prolongava.Na véspera do tão desejado dia deitei-me tarde e a minha irmã do meio também ajudou nas peças para a exposição produzindo de sua autoria bijutaria com vários materiais:colares, porta-chaves, cintos-colares.

O dia 29 de Setembro chegou e amanheceu nublado, triste, frio, com chuvinha miúdinha. Foi o primeiro dia de muito frio!As mãos gelavam. O corpo tremia, pedindo mais agasalho. Toda a gente se espantou e se refugiou em casa. Pouca gente na rua, que se estava bem era no calorzinho do lar. Só vendi dois colares!!